Biologia e Geologia

10º Tema - Sismologia

Sismos - definição e causas

A Sismologia é a ciência que se ocupa do estudo dos sismos. Sismos são movimentos vibratórios com origem nas camadas superiores da Terra, provocados pela libertação de energia.

A maior parte dos sismos ocorre nas fronteiras entre placas tectónicas - sismos tectónicos.

Devido aos movimentos das placas tectónicas (afastamento ou colisão), acumulam-se colossais quantidades de energia nas suas fronteiras, durante anos, séculos ou milénios. As tensões acumuladas deformam os materiais rochosos do interior da Terra até ao máximo de elasticidade. Quando este máximo é ultrapassado, as rochas fracturam, libertando, instantaneamente, grande parte da energia acumulada. Devido às propriedades elásticas da geosfera, os dois lados da fractura sofrem uma deslocação em sentido oposto ao das forças deformadoras, que se designam ressalto elástico.

O ponto onde ocorre a libertação de energia é o foco, ou hipocentro. O local à superfície da Terra, situado na vertical do foco, chama-se epicentro.

Propagação da energia sísmica

A energia sísmica dispersa-se em todas as direcções e sentidos, a partir do foco, obrigando as partículas que constituem os materiais rochosos a vibrarem, vibrações essas que se propagam às outras partículas, originando ondas sísmicas que fazem tremer a Terra. Estas ondas tingem a superfície terrestre com violêncoa máxima no epicentro.

Podemos definir 4 tipos diferentes de ondas sísmicas: primárias (P), secundárias (S), de Love e de Rayleigh. As ondas P e S deslocam-se no interior da Terra, enquanto que as ondas de Love e de Rayleigh se deslocam à superfície. 

As ondas P propagam-se em meios líquidos, sólidos e gasosos. As ondas S e de Love, apenas em meios sólidos. As ondas de Rayleigh propagam-se em meio sólido e líquido.

 

Detecção e registo de sismos

O sismógrafo é o aparelho que regista , com precisão e nitidez, a vibração do solo provocada pela passagem de ondas sísmicas, em sismogramas.

Intensidade e magnitude de um sismo 

A intensidade de um sismo depende de vários factores, entre eles:

  • a profundidade do foco e a distância ao epicentro, na medida em que a capacidade vibratória das ondas sísmicas diminui à medida que elas se afastam do seu ponto de origem, diminuindo, também, a intensidade sísmica;
  • a natureza do subsolo, isto é, a resposta das rochas que o constituem à passagem das ondas sísmicas;
  • a quantidade de energia libertada no foco, sendo um sismo tanto mais intenso quanto maior a energia nele libertada.

Para avaliar a intensidade de um sismo utiliza-se a Escala de Mercalli Modificada, que avalia a intensidade sísmica em função do grau de percepção das vibrações, pela população que sentiu o sismo e pelo seu grau de destruição.

 A magnitude de um sismo corresponde à energia libertada no foco, e para determinar o seu grau, utiliazamos a Escala de Magnitude de Richter. A Escala de Richter é uma escala aberta, ou seja, sem limite máximo.

Os sismos e a tectónica de placas 

Podemos distinguir dois tipos de sismos, à luz da Teoria da Tectónica de Placas:

  • sismos interplaca - sismos que ocorrem nas zonas de fronteira de placa, verificando-se uma maior ocorrência nas zonas de colisão
  • sismos intraplaca - ocorrem no interior das placas tectónicas, sendo, muitas vezes consequência da existência de falhas activas.

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